Saci, Flora, Pão por Deus e Bordando Letras, livros dos anos de 2012/2013 receberam uma roupagem nova e foram reeditados pela Catapoesia. São livros que retratam algumas tradições brasileiras, tanto ligados ao folclore quanto a práticas ancestrais dos saberes e dos fazeres. Vale a pena conferir!
Troca Flores e Poesia
‘Troca Flores e Poesia’ é um projeto parceiro da Catapoesia Editora Cartonera cuja ação é ir a um espaço público qualquer oferecer flores de plástico e/ou de papelão e livros em troca de histórias e memórias de jovens e adultos que estejam frequentando o local naquele momento da realização para, posteriormente, editarmos um livro contendo esse material coletado. Já realizamos duas intervenções urbanas, uma na Praça Duque de Caxias, em Santa Tereza, Belo Horizonte, e a outra no Museu de História Natural e Jardim Botânico da UFMG, no Horto, na mesma cidade. Com a primeira intervenção, editamos o livro ‘Flor’ que foi distribuído durante a segunda. Ideia muito original para incentivar a leitura de forma interativa. Coordenam este projeto: Ana Paula Guimarães, Celma Regina e Sol Barreto.
Trupes e Livros
O livro ‘Ruas’ foi editado a partir das impressões dos participantes da I TRUPE – Trilhas Urbanas Poéticas realizada em novembro de 2019. Já o livro ‘Papagaio’, de janeiro, foi o resultado da II TRUPE e retrata parte da história de Belo Horizonte, incluindo a visita ao MUQUIFU – Museu dos Quilombos e Favelas Urbanos. Acreditamos que as TRUPES têm sido uma ótima oportunidade de estímulo à escrita e à leitura, compactuando com os objetivos de nossa editora cartonera. Alguns livros ainda estão por vir a partir das caminhadas de janeiro a março.
Costurando ‘Óia o Trem’
No último dia de 2019, realizamos com turistas do grupo Nice Trekking uma oficina de costura de capas do livro ‘Óia o Trem’ como parte da Exposição ‘Nos Trilhos da Memória’. Este livro, lançado em 2018, retrata o percurso da Trilha Verde da Maria Fumaça, Ponto de Memória localizado no distrito de Barão de Guaicuhy, pertencente territorialmente à cidade de Gouveia, Minas Gerais.
Percursos das TRUPEs
A TRUPE – Trilhas Urbanas Poéticas – surgiu para ser um momento coletivo em que os caminhantes não só contemplassem os percursos, mas também escrevessem sobre suas impressões numa proposta de edição colaborativa de um livro cartonero. Já temos rotas elaboradas a partir de algumas temáticas para explorar as belezas e as tristezas de Belo Horizonte. Muitos caminhantes, na sua rotina, não têm tempo de enxergar Beagá, e, TRUPE vem contribuir para esta ‘descoberta’ da capital mineira, para este novo olhar. Já temos testados sete roteiros… em breve faremos a divulgação individual de cada um! Vem com a gente! Mais informações: catapoesia@gmail.com com Sol Barreto, coordenadora do projeto.
Aproveitando a oportunidade, um trecho de Edgar Morin sobre a poeticidade para reflexão:
“Pai da teoria da complexidade, Edgar Morin defende a interligação de todos os conhecimentos, combate o reducionismo, valoriza o complexo e ama viver poeticamente. Morin nos auxilia nesta reflexão, comentando sobre o quão frágil e complexa é a felicidade. Para ele, esta busca contínua é impossível, pois a felicidade depende de uma multiplicidade de condições. O que devemos fazer é favorecer os elementos que permitam uma vida poética, buscando o que nos faz florescer, o que nos faz amar e nos comunicar:
“O verdadeiro problema não é a felicidade – é a questão que faço a mim, porque a felicidade é algo que depende de uma multiplicidade de condições. Eu diria que que o que causa a felicidade é frágil.
Para mim o problema da felicidade é subordinado àquilo que chamo de ‘o problema da poesia da vida’. Ou seja, a vida, a meu ver, é polarizada entre a prosa – as coisas que fazermos por obrigação e não nos interessam para sobreviver -. E a poesia – o que nos faz florescer, o que nos faz amar, comunicar. E é isso que é importante. Então, eu digo que o verdadeiro problema não é a felicidade. Porque a felicidade é algo que depende de uma multiplicidade de condições e eu diria mesmo o que causa a felicidade é frágil, porque, por exemplo, no amor de uma pessoa, se essa pessoa morre ou vai embora, cai-se da felicidade à infelicidade.
[…]Em outras palavras, não se pode sonhar com uma felicidade contínua para a humanidade. É impossível porque a felicidade, repito, depende de uma soma de condições. Então, pelo outro lado, o que se pode dizer, pode se tentar favorecer tudo o que permita a cada um viver poeticamente sua vida e, se você vive poeticamente você encontra momentos de felicidades, momentos de êxtase, momento de alegria e, na minha opinião, é isso”.
Próximos lançamentos
Acompanhem as primeiras edições de 2020!
Livros cartoneros a partir de trilhas
Trilhas Urbanas Poéticas é uma nova maneira de a Editora Cartonera Catapoesia editar seus livros. Ideia aflorada no mês de outubro, durante uma caminhada por Belo Horizonte, pensou-se que, durante as Trilhas, os participantes pudessem produzir textos que contassem as suas impressões e sensações sobre os lugares e os territórios conhecidos. Também que eles percebessem o contraste sócio-econômico ao passar de uma zona de classe média para uma periferia.
A primeira TRUPE – como foi simplificada – aconteceu em 10 de novembro, a segunda em 8 de dezembro e, ambas, passaram por Vilas desconhecidas por todos: a Vila Dias, em Santa Efigênia, e a Vila Estrela, no Santa Lúcia, sendo que nelas percebemos a poeticidade dos muros e das ações do povo em geral.
O primeiro livro, intitulado ‘Ruas’, será lançado no dia 14 de dezembro durante a Feira Urucum, no Espaço Guaja, em Belo Horizonte.
O que tanto aconteceu em 2019…
2019 foi uma ano de muitas conquistas para Catapoesia Editora Cartonera. Em março, embarcamos para o México, na cidade de Cuernavaca para, junto a mais três editoras realizar o planejamento do projeto ‘Activating the Arts’ que foi realizado em três comunidades do entorno da Cordilheira do Espinhaço Meridional: Barão de Guaicuhy, Riacho dos Ventos e Conselheiro Mata e teve como resultados a edição dos livros ‘Buriti-Dão’ e ‘Retalhos do Verbo’. Em setembro, como finalização do mesmo projeto, realizamos coletivamente oficina em Londres, na British Library, multiplicando a nossa metodologia.
Lançamos alguns livros significativos, até em forma de dobradura: ‘Óia o Trem’, ‘Catazines 1, 2 e 3’, ‘Sinais’, ‘Barbatimão’, ‘Fábulas’, ‘Buriti-Dão’, ‘Retalhos do Verbo’, ‘Letras de Cartón’ e ‘Ruas’.
Participamos de muitas feiras: Textura, Urucum, Artesania do Papel, Feira do Vale do Jequitinhonha, Feira de Artesanato de Lagoa Santa, Feira Feito por Nós. Mercadoras da Arte, Circuito Mercadoras.
Além disso, participamos da Semana Rosiana no mês de julho, em Cordisburgo, lançando o livro ‘Buriti-Dão’, parceria com o Coletivo Riacho dos Ventos, de Gouveia, e realizando oficina com estudantes da Escola ‘Mestre Candinho’.
Novidades
Dentro das comemorações dos dez anos da Editora Cartonera Catapoesia, que se completam entre 2018/2019, preparamos algumas atividades para o primeiro semestre de 2019, complementando as já iniciadas em fins de 2018. Teremos lançamentos de livros, saraus, oficinas, CineTrilhas, viagens a trabalho e pesquisa, intercâmbio e outras a partir de parcerias que forem surgindo. Em breve o calendário de atividades atualizado bimestralmente para que todos possam acompanhar e participar. Outra novidade é a atualização periódica do site.
Programação
Nosso cartaz com a Programação do mês de novembro:
CataZine
Lançamos, em 31 de outubro, o CataZine, nosso fanzine cartonero que terá periodicidade mensal. O lançamento é simultâneo em Minas Gerais, nas cidades de Gouveia, Lagoa Santa e Belo Horizonte, e em Belém do Pará, numa parceria com o fotógrafo Marcelo Snow… em breve mais fotos!!! E viva a poesia!
Quintal de Memórias 6
Quintal de Memórias 6 – Catapoesia 10 Anos
Em 2014 desenvolvemos o projeto do Ponto de Memória ‘Recordança’ em parceria com o Espaço ‘Ave Palavra’, em Cordisburgo/MG. Por esse projeto, a Tecnologia Social editou quatro livros: ‘Mangabeira’ e ‘Folia’ (Coletivo Loucos por Memória), ‘Aboio’ (José Vítor Félix de Souza e Manoel Cavalcante de Albuquerque) e ‘Objetos’, resultado do inventário participativo do Recordança. Além desses produtos culturais, foi criado o Museu Virtual Catapoesia e realizado o I Seminário de Educação Patrimonial, na mesma cidade.
Em Serra Negra, numa proposta de educação interdisciplinar com a EE ‘Franca Franchi’, foi editado o livro ‘Piquenique’ com os alunos, após terem participado de um piquenique cultural numa fazenda rural próxima à escola.
Em 2015, iniciamos uma parceria com a ONG Caminhos da Serra, em Gouveia/MG, e trabalhamos com o Coletivo ‘Unidos pelo Cerrado’ durante todo o ano em oficinas de produção textual e cartonagem, o que gerou dois livros ‘Festa das Cores’ e ‘Histórias de Nossa Cidade’, ambos lançados em janeiro de 2016. Também iniciamos a parceria entre o ‘Recordança’ e o Ponto de Memória ‘Trilha Verde da Maria Fumaça’, participando de oficinas de multiplicação da metodologia Catapoesia em Monjolos, Rodeador, Conselheiro Mata e Barão de Guaicuhy.
Em Amparo/SP, lançamos o livro ‘Canteiro’ editado após oficinas com o Coletivo do MARP – Movimento de Ação Rural do Pantaleão e em Serra Negra /SP editamos o ‘Dicionário do Café’, produto de uma longa pesquisa nas fazendas de café da zona rural da cidade onde fizemos o inventário participativo com jovens do bairro.
Encontro de Cartoneras em São Paulo
Aconteceu nos dias 7 e 8 de novembro, como parte do projeto ‘Cartonera Publishing’, o encontro de algumas editoras cartoneras latino-americanas, dentre elas a Tecnologia Social Catapoesia. No encontro, foram discutidas questões como ‘o fazer cartonero’, ‘circulação’, ‘arte’, ‘intercâmbio’, além de apreciarmos pela Exposição mais de 300 obras cartoneras e também de participarmos da oficina de confecção do livro “BR”, com o Coletivo Dulcinéia Catadora.
Os pesquisadores responsáveis pela idealização e execução deste Projeto são Patrick O’Hare, Alex Flynn e Lucy Bell, com suporte das Universidades de Surrey e de Durham, através do financiamento do Global Challenges Research Fund e com o apoio da Arts and Humanities Research Council, Reino Unido.
Cartonera Publishing
Catapoesia participa deste projeto em parceria com Dulcinéia Catadora, La Cartonera e La Rueda.
In order to explore the connections and divergences inherent in cartonera practices, we focus on two projects from Mexico – La Cartonera (Cuernavaca) and La Rueda (Guadalajara) – and two from Brazil – Dulcinéia Catadora (São Paulo) and Catapoesía (Minas Gerais) – in the context of the broader cartonera community (within and beyond Latin America). This comparative approach is combined with an interdisciplinary research methodology. Intersecting formal literary analysis with ethnographic methods, we consider the projects simultaneously as a collection of artistic texts and objects and as a set of production methods, everyday interactions, and organizational logics, oriented toward social transformation. This interdisciplinarity operates in two directions: a set of participative, presence-oriented ethnographic methods – from encuentros to exhibitions – have been extrapolated from the textual forms themselves; simultaneously, the texts are analysed through the lens of the social forms and collective practices through which they are produced.
In order to explore the connections and divergences inherent in cartonera practices, we focus on two projects from Mexico – La Cartonera (Cuernavaca) and La Rueda (Guadalajara) – and two from Brazil – Dulcinéia Catadora (São Paulo) and Catapoesía (Minas Gerais) – in the context of the broader cartonera community (within and beyond Latin America). This comparative approach is combined with an interdisciplinary research methodology. Intersecting formal literary analysis with ethnographic methods, we consider the projects simultaneously as a collection of artistic texts and objects and as a set of production methods, everyday interactions, and organizational logics, oriented toward social transformation. This interdisciplinarity operates in two directions: a set of participative, presence-oriented ethnographic methods – from encuentros to exhibitions – have been extrapolated from the textual forms themselves; simultaneously, the texts are analysed through the lens of the social forms and collective practices through which they are produced.
This project makes a number of contributions to research across different humanities and social science disciplines. From a literary angle, it fills a significant gap in research: though these publishers have attracted attention from scholars and journalists since 2003, their focus has largely been on their production processes, leaving the literary form and content of the books unexplored. Our project explores how the multiple forms of the books (as literary, philosophical or political texts and as art objects) play a key part in creating new relations, communities and meaning. From sociological and anthropological perspectives, it explores the ways in which theories of social movements can be productively broadened out to include – or dialogue with – phenomena that, like cartoneras, are not only artistic in character, but also fragmentary, fragile and precarious. Finally, our innovative use of interdisciplinary methods makes this a ground-breaking study for scholars and practitioners around the world seeking to engage with practices – like Ni una menos, Bordamos por la Paz, the Tendedero project, and so many others – that are simultaneously artistic and activist, aesthetically innovative and socially oriented.
Quintal de Memórias 5 – Catapoesia 10 anos
No ano de 2013, a editora cartonera Catapoesia foi certificada como Tecnologia Social pela Fundação Banco do Brasil por colaborar no registro da memória oral de jovens e de idosos de comunidades tradicionais, periferias e estudantes, primando pela simplicidade e pelo baixo custo e ser de fácil aplicabilidade e reaplicabilidade, provocando considerável impacto social.
Temos o orgulho de comemorarmos, neste ano também, os 5 anos dessa Certificação que abriu e abre muitas portas para o nosso empoderamento social e para o nosso reconhecimento e confiança tanto em comunidades quanto em instituições parceiras.
Além disso, foram lançados, em Serra Negra/SP, os livros Flora (Coletivo De-Fusão), Minis (Sol Barreto), Papel (Coletivo De-Fusão), Histórias que Guardaremos na Memória (estudantes EE Franca Franchi) e Fio da Memória (EE Franca Franchi); em Amparo, Brincadeiras de Memória (Coletivo MARP – Movimento de Ação Rural do Pantaleão); em Cordisburgo, Viver é Etcétera (Coletivo Loucos por Memória), Veredinhas do Sertão (Coletivo Loucos por Memória), De Repentes (Manoel Cavalcante de Albuquerque), Colecionando Saberes (Coletivo Loucos por Memória) e Olhares (participantes de oficina durante a Semana Rosiana); em Belo Horizonte, Saci (Coletivo CESTA). Nosso trabalho é coletivo!
Quintal de Memórias 4 – Catapoesia 10 anos
2012 foi um ano muito produtivo. Contemplamos alguns Projetos Sociais cujas verbas foram destinadas exclusivamente para o Catapoesia. Dessa forma, pudemos realizar parcerias inesquecíveis: no Território Indígena Xakriabá, em São João das Missões (MG); em Cordisburgo, terra de Guimarães Rosa (MG); em Belo Horizonte (MG); em Amparo (SP) e continuar nossas ações na Biblioteca Comunitária, em Serra Negra (SP).
Tornamo-nos Pontinhos de Cultura pelo Ministério da Cultura (Governo Lula), fomos parceiros da Secretaria Estadual de Assistência Social (MG) e Municipal de Assistência Social de Serra Negra – CRAS (SP) e da Prefeitura Municipal de Amparo (SP). Formamos o Coletivo De-Fusão, dentro de nossa Biblioteca Comunitária Trilhas da Palavra.
Foram muitos livros: em Xakriabá, ‘Homenagem ao Senhor Elifa’, ‘Lixo na Aldeia Sumaré I’ e ‘Frutinhas do Cerrado’, editados pelo Coletivo Raízes de Xakri; em Cordisburgo, ‘In-Verso’ (Thalita de Oliveira Freire), ‘Tocos do Cerrado’ (José Vítor Félix de Souza) e ‘Bordando Letras’ (Dona Lica); em Belo Horizonte, ‘Churrocker’, pelo Coletivo CESTA; em Amparo, ‘Bambolê’, pelo Coletivo da Sala de Leitura; e, em Serra Negra, ‘A Lenda da Serra da Mantiqueira’ e ‘Fim D’Ano’ pelo Coletivo De-Fusão e ‘Quartas’ e ‘Robôs’ pelo Coletivo Jovem do CRAS.
Palavras? Foram muitas… Papelão? Nem se fala… nosso maior desafio: juntar papelão na Aldeia Sumaré, na Casa de Cultura, custávamos a localizar uma caixa e esta valia ‘ouro’ para nós. Viagens? Um montão! Trabalho? Ufa!!!!!!
Quintal de Memórias 3 – Catapoesia 10 anos
Quintal de Memórias 3 – Catapoesia 10 Anos
Entre 2009-2011, editamos textos produzidos na Biblioteca Comunitária Trilhas da Palavra sobre temas explorados no universo de nossas contações de histórias: patrimônio, meio ambiente, tradição, literatura, ilustração. Os livros “Trilho”, “Gota D’Água”, “Homem é Fogo!” e “Faces I e II” foram editados em oficinas de produção textual e de ilustração durante esses momentos. Assim, treinávamos nossa metodologia e aplicávamos nossos princípios: ABOIAR.
https://catapoesia.wordpress.com/filosofia/
Desde então, ‘aboiamos’!
Quintal de Memórias 2 – Catapoesia 10 anos
Quintal de Memórias 2 – Catapoesia 10 anos
No ano seguinte, 2009, decidimos sistematizar a metodologia Catapoesia, elaborar os seus princípios e iniciar a sua divulgação. Durante uns seis meses reunimo-nos com jovens e educador@s que participavam das atividades oferecidas na Biblioteca Trilhas da Palavra. Convidamos o autor Elpídio de Toledo a lançar o seu livro pelo nosso Selo. Ele aceitou e, no meio do ano, iniciamos a coleta das caixas e as oficinas de corte e de pintura das capas. Em meados de 2010, lançamos ‘Brotecos’, livro autoral cuja temática é uma paródia ao festival ‘Comida de Buteco’, realizado em Beagá. Não tínhamos pressa porque queríamos que tudo fosse acontecendo de acordo com nossas demandas. Nesse meio tempo, sempre editávamos, informalmente, livros e mini-livros nas oficinas dentro da Biblioteca e os jovens os levavam para casa. Foi em 2011 que o Catapoesia se consolidou definitivamente como uma editora cartonera.
Quintal de Memórias 1 – Catapoesia 10 anos
Quintal de Memórias 1 – Catapoesia 10 anos
Começar não é fácil, requer coragem. Nós ousamos. Estávamos certos de que não poderíamos descartar textos importantes de nossos leitores frequentadores da Biblioteca Trilhas da Palavra. Eram depoimentos, relatos, memórias e até mesmo poemas e narrativas ficcionais escritos em algumas oficinas de sensibilização realizadas na nossa “mata particular” no fundo da ONG Trilhas da Serra. Usávamos papel cartão… até o dia em que conhecemos os livros cartoneros e criamos o nosso próprio selo: CATAPOESIA. E misturamos tudo: livro convencional com livro cartonero. A partir daí, construímos “casas” e nos alimentamos, parafraseando Lygia Bojunga em seu texto “Livro: a troca”. Nossa Biblioteca Comunitária transformou-se. Esse foi o começo, em fins de 2008.